Acredito que somos irracionais quando nos tentam destruir o que de mais valioso temos.

As nossas raízes definem os nossos comportamentos futuros e por mais que tentemos desviar o caminho para as esquecer, elas estão lá e mais tarde ou mais cedo transbordaram de nós.

É preciso, no entanto, conhecê-las e gostar das nossas raízes para que não entremos em negação, ou podemos correr o risco de nos perdermos e fazer sofrer quem nos ama incondicionalmente.
ass:vermelhinha

16 setembro 2007

O INICIO DO SONHO



Esta era sem dúvida uma viagem desejada de há muitos anos, pelos dois.
Mas a nossa vida deu algumas voltas que nos levou a adiar consequentemente este desejo e outras coisas que gostaríamos de ter feito.
Ou porque nasceram os filhos, ou porque a vida financeira não ajudava a concretizar, fomos sonhando que na altura certa iríamos, com a certeza que o prazer seria ainda maior.

O meu marido por causa do Surf e eu para sentir o que seria fazer férias numa ilha que tanto via nas fotografias e nos postais, ambos tínhamos o sentimento mutuo que seria a dois e que ficaríamos maravilhados com tudo.

No entanto não foi uma viagem fácil, bom confesso que não tínhamos pensado que iria ser tão difícil lá chegar.
Se esperar por esta viagem foi doloroso, quanto mais perto estávamos de chegar a Malé, mais dificuldades encontrávamos. Hoje que me lembro de tudo faz-me sentir vulnerávelmente
raivosas, mas no fim satisfeita por ter realizado um sonho e tornar os acontecimentos apenas pormenores de uma viagem de mais de 24 horas.
Sim, foi uma viagem de mais de um dia sem dormir e que vos vou recordar tentando não esquecer cada detalhe do melhor e do pior.



31 de Agosto de 2007

Dormimos mal e à pressa pela ansiedade da viagem. Os miúdos comportavam-se como se já sentissem a nossa falta. Por tudo e por nada davam-nos carinhos e diziam-nos que não nos deixavam ir embora.

Malas feitas e à hora pensada estávamos a caminho do aeroporto bem dispostos e conversadores. O pai do Pedro fazia todas as recomendações para que nada nos pudesse acontecer e ainda tivemos tempo de levantar dólares no Multibanco do Aeroporto.

Despedimo-nos todos com lágrimas dos filhos e coração apertado por deixá-los.
Apesar de os nossos filhos serem uns companheiros que compreenderam a nossa vontade de irmos sozinhos, sabíamos que queriam ir connosco e nós também sabíamos que se fossem iriam adorar.

Nós sempre contámos tudo a eles e quando queríamos sair os dois, nunca inventávamos desculpas para o fazer, porque sempre achámos que teriam de perceber desde sempre que existe um momento para os pais e um momento para os pais e os filhos juntos. E todos esses momentos são importantes para continuarmos a viver juntos, ou de outra forma acredito que se torna uma vida monótona e o amor perdesse, não sabemos em que altura se foi, mas perdesse.


próximo post: a aventura do check-in

2 comentários:

susana disse...

Estive nas Maurícias...amei! As Maldivas ficam para depois. Foi realmente uma lua-de-mel fantástica...lembro-me de cada segundo que passei lá. Adoro países tropicais, e juro que um dia lá voltarei. Pensem também em ir às Maurícias e vão ver que não se arrependem. Beijoquinhas

vermelhinha disse...

Obrigada pela dica susana.
Beijos