Acredito que somos irracionais quando nos tentam destruir o que de mais valioso temos.

As nossas raízes definem os nossos comportamentos futuros e por mais que tentemos desviar o caminho para as esquecer, elas estão lá e mais tarde ou mais cedo transbordaram de nós.

É preciso, no entanto, conhecê-las e gostar das nossas raízes para que não entremos em negação, ou podemos correr o risco de nos perdermos e fazer sofrer quem nos ama incondicionalmente.
ass:vermelhinha

23 outubro 2007

O 1º DIA DE SURF E ONDE ESTÁ A MOCHILA

2 de Setembro - Domingo
4 da manhã

Dormi mal além das horas serem diferentes ainda estive com problemas intestinais por causa da viagem e mudança da comida, não consigo adormecer mais.



O dia começa a clarear pelas 6 da manhã, pelo que decido ir tirar uma fotos com o nascer do dia. Está uma luz bem fixe, mas como está nublado não deu para ver o sol nascer.

Não consigo filmar, porque as cassetes estão cheias de humidade.




Quando chego perto da agua, vejo milhares de caranguejos pequenos a fugirem assim que me sentiram.
Este da foto, andava a passear junto ao nosso quarto.





Depois do almoço o Pedro foi de barco para ir surfar. Eu fiquei no quarto a contactar a TAP para saber onde raio pára a mochila do Pedro, que já está a ficar impaciente.
A senhora da TAP diz-me que a mochila já foi encontrada e fiquei super contente.
Saiu de Colombo (Sri-Lanka) ontem e chega amanhã ás 14h30m a Heatrow em Londres.
Fiquei chocada, até pedi para repetir o que me tinha acabado de dizer. Pelo que percebi a mochila veio no nosso voo, só que não desembarcou, porque como tínhamos feito a reclamação em Londres de bagagem desaparecida, ela tinha de voltar para lá para nos enviarem de novo. Ridiculo, achei eu. Afinal o pessoal incompetente do Groudforce tinha feito o transfere da mochila do Pedro e da restante não e os canhotos que nos entregaram diziam que todas as bagagens tinham desembarque em Londres, por isso reclamámos.

Contactei a seguradora, porque íamos gastar dinheiro com roupa e alguns produtos de higiene com pasta dos dentes e escovas, porque há 48 horas que não lavamos os dentes.
A senhora diz que me liga de volta para preencher os restantes requisitos a fim de validar a clausula. Ora se estava a ligar porque raio não validou logo. Só neste pais.

Quando dei por mim já eram quase 5 e meia e decidi ir à recepção entregar o número da bagagem que iria chegar lá par 3ª feira, concerteza.
A seguradora nunca mais me ligou nesse dia e como era Domingo não podia contactar a agência de viagens, decidi fazê-lo amanhã e eles que tratem de tudo, porque eu já estou farta de gastar dinheiro sem necessidade.
Agora vou pôr tudo para trás das costas.

Cheguei ao quarto e estava o Pedro à minha espera a descansar. Contou-me que se fartou de remar, mas que apanhou 2 ondas grandes. Uma delas era tão forte que o levou à praia da outra ilha e já estava cansado demais para continuar a apanhar ondas que voltou para o barco.
Entretanto dei-lhe a notícia sobre a mochila e se já estava desanimado ficou ainda mais.
Revoltados fomos às compras. Trouxemos mais uma t-shirt, escovas para os dentes, pasta, laminas de barbear e perfume em stick.



Depois de um belo banho na praia tomamos um duche e lavar os dentes foi refrescante, uma sensação inesquecível. Nunca pensei que ficar tanto tempo sem higiene oral me fizesse tanta falta como tomar banho todos os dias. Vestimos-nos e fomos jantar.

Depois de um passeio fomos falar com os filhos. Estamos já com muitas saudades daqueles traquinas.

próximo post: afinal a diferença horária não era de 5 horas, grande gafe ao pequeno-almoço.

Um comentário:

Luis Ferreira disse...

Um belo diário que nos mostra um pouco do dia a dia de um acontecimento.

Parabens e obrigado pela partilha do momento