Acredito que somos irracionais quando nos tentam destruir o que de mais valioso temos.

As nossas raízes definem os nossos comportamentos futuros e por mais que tentemos desviar o caminho para as esquecer, elas estão lá e mais tarde ou mais cedo transbordaram de nós.

É preciso, no entanto, conhecê-las e gostar das nossas raízes para que não entremos em negação, ou podemos correr o risco de nos perdermos e fazer sofrer quem nos ama incondicionalmente.
ass:vermelhinha

03 dezembro 2007

GRANDE TEMPORAL..



4 de Setembro de 2007

08h20m

O Pedro não está bem disposto, porque continua sem mala e não tem mais muda de roupa, mas eu acho que depois de almoço ela vai aparecer.

O tempo hoje está um desastre, nota-se que a temperatura baixou e está menos humidade.

A caminho do pequeno-almoço começam a cair as primeiras gotas. Vai chover e bem, pelo aspecto das nuvens...


Vamos ao local de mergulho para nos inscrevermos e assinamos a papelada toda. O senhor mostra-nos um vídeo de regras e comportamentos durante o mergulho. Uma coisa que não pudemos esquecer é não prender a respiração quando mergulhamos com botija de oxigénio ou podemos mesmo morrer.

Quando acabamos de ver o vídeo, levanta-se um vento brutal e começa a chover a "potes". Os barcos que chegam com os surfistas até têm dificuldade em atracar no cais por causa da ondulação forte.
O instrutor de mergulho informa-nos imediatamente que devido ás condições do tempo não pode haver aula. Só se houver sol, ficou adiada para quando o tempo melhorar.



10h30m

A chuva não pára, mas como está mais fraca aproveitamos para ir até ao bar.
Bebemos um cafézinho e fomos até á recepção. Como chegaram mais turistas pode ser que a mala tenha chegado.
Lá estava ela, atrás do balcão. A cara do Pedro modou logo. Esboçou um sorriso e disse que aquela era a mala dele. Assim que a colocaram em cima do balcão, até eu me agarrei a ela a rir. Afinal também queria mudar de chinelos e sandálias.

Chovia cada vez mais e os empregados tentavam a todo o custo varrer a chuva que entrava e ensopava o chão todo, mas claro com pouco sucesso.Trabalho ingrato.
Apanhámos uma aberta da chuva e fomos até ao quarto.
Quando entramos, também a chuva e o vento tinham alagado o nosso chão. Chamámos o empregado e lá vem ele com a vassoura para varrer a água. Diz-nos que todos os quartos estão assim.
Fui buscar uma toalha e andei a apanhar água, porque o moço não pensou em fazer o mesmo.

O Pedro tomou um banho e mudou de roupa. Agora está com um ar mais satisfeito e aliviado.

O tempo aqui muda quase de hora a hora e o que está de manhã pode muito bem ser completamente o oposto à tarde.



Depois de almoçarmos fomos ao spot de surf ver com está as ondas. Vemos muitos surfistas a apressarem-se a ir buscar as pranchas e a entrarem no mar. Estavam todos cheios de "pica", porque já à alguns dias que esperavam pelas ondas. Agora parou o vento que vem do mar e as ondas estão grandes, o céu continua nublado, mas já não chove.
O Pedro decide ir buscar a prancha, porque também está com vontade. Mas o tempo que demora a ir e vir, as condições mudaram. O mar está ainda maior e ele já não vai entrar.
Entretanto já desistimos de fazer o mergulho por causa do surf.

Durante 1h30m foi um espectáculo de surf.
Agora o vento está a começar a soprar cada vez mais e quando olhámos á nossa direita vemos umas nuvens negras a dirigirem-se na nossa direcção. Passados 20 minutos começa a chover e os surfistas abandonam o mar.
Quando viemos embora só lá estavam 2 resistentes, ficaram mesmo com o mau tempo.


Um comentário:

Gata Verde disse...

Já me aconteceu o mesmo na Republica. Vamos com aquela imagem dos postais ilustrados e deparamo-nos com um cenário assustador.
A natureza tem destas coisas...

Beijinhos